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DesignOps - TCU

Processos, guia de interface e Design System

Duração do projeto

2019 - 2020

Time

UX Designers

UI Designers

Devs

Meu papel

Organizacão

Planejamento

Criação

o que é e por quê?


DesignOps foi um termo criado para descrever algumas práticas que já existiam nos ambientes corporativos, principalmente dentro de empresas já nascidas na era digital/pós-digital, mas que não eram formalizadas em um setor específico. Sendo assim, o DesignOps ou as operações em design, surgem para aumentar a escalabilidade do produto, gerando maior receita para a empresa, produtividade para as equipes e maior satisfação dos clientes por entregar um produto mais consistente. À medida que as empresas amadurecem e investem em design, elas precisam operacionalizar o fluxo de trabalho, contratações e alinhamento entre as equipes. As operações de design são, basicamente, responsáveis por fazer o design acontecer dentro das empresas e ampliar o valor de seus produtos e serviços.

cenário inicial


Até o ano de 2017 o Setor de Tecnologia da Informação do TCU (STI) era composto por desenvolvedores, PO`s e Chefes de Serviço que faziam o papel de Scrum master (SM) e Gerente de Produto (PM). Em 2018 surge o primeiro contrato para UX/UI designers que iriam somar nos futuros processos e desenvolvimento de sistemas das diretorias desse setor.

Havia, portanto, um cenário de desenvolvimento de sistemas com pouquíssimos critérios e rigor metodológico no que se refere ao uso de princípios e processos de design. Em vista da chegada de profissionais de Design e da necessidade de se estruturar um processo de Design dentro do STI, foi definido um grupo de trabalho para planejar os processos de Design de Interfaces do TCU.

o desafio


Diante dessa situação, o desafio definido foi:

"Como podemos criar processos, projetos e produtos digitais de maneira organizada, escalável, com equipes mais produtivas e usuários mais satisfeitos?"

resultados esperados


Os critérios de sucesso para esse desafio são:

Além dos critérios de sucesso foram definidas algumas entregas:

meu papel


Junto ao time de designers, contribuí com a definição do processo de Design do STI para garantir que os designers de experiência de usuário e de interface criem e entreguem artefatos de design de alta qualidade e tenham escalabilidade. Além disso, participei ativamente da criação das documentações entregues.

o processo


1. Diagnóstico

Estrutura

O STI se dividia em diretorias que por sua vez se dividiam em setores e cada um possuia um chefe de serviço que fazia o papel de Scrum Master e Gerente de Produto, um ou mais Product Owner, três ou quatro desenvolvedores e, com a chegada dos profissionais de UX e UI, um UX e um UI em cada setor. É importante pontuar que sem UXs e UIs designers, os ambientes digitais eram desenvolvidos e desenhados exclusivamente pelos desenvolvedores, gerando vários problemas de usabilidade e de consistência visual.

Estrutura organizacional básica do Setor de Tecnologia da Informação do TCU

Com a inclusão dos profissionais de experiência do usuário e de interface, alguns redesenhando e reestruturando sistemas já existentes, outros projetando novos e, conforme os projetos foram evoluindo, percebeu-se que os processos de pesquisa (UX), as interfaces visuais (UI), as rotinas e as entregas não estavam muito bem alinhas em todos os times do STI. Isso certamente traria alguns problemas, principalmente quando se fala em consistência dos sistemas, experiência do usuário e documentação, uma vez que o TCU utiliza vários tipos de sistemas, inclusive com linguagens diferentes. Foi daí que surgiu a necessidade de padronizar e documentar os processos de UX e UI. Mas antes disso, precisávamos entender em qual nível de maturidade UX/UI estávamos. Podia parecer óbvio que estaríamos no primeiro nível em qualquer escala de maturidade, porém era necessário detalhar quais eram as condições iniciais e quais metas deveriam ser atingidas para evoluir para o próximo nível.

Maturidade de UX

Quando se fala de processos de UX em uma empresa, setor, ou projeto, é possível classificá-la ao nível ou grau de maturidade. Nesse caso, utilizamos os níveis de maturidade organizacional proposta pelo NNGROUP, explicado com detalhes neste artigo e outros detalhados nele, para classificar o nível de maturidade do STI.

Resumo dos seis níveis de maturidade feito pelo NNGROUP

Nesse modelo de maturidade, entendemos a Experiência do Usuário sob quatro aspectos: estratégia, cultura, processos e resultados. Assim, para compreender onde estávamos exatamente nessa escala, para onde e como deveríamos evoluir, o time de Design facilitou um workshop com gerentes e PO`s de cada setor para mapear as atividades, criar um novo fluxo de tarefas integrando as atividades de UX/UI e definir os próximos passos. Dado, portanto, o fluxo de tarefas atual dos times, foram debatidos e definidos os níveis iniciais de cada um dos quatro aspectos citados.

Os três primeiros níveis de maturidade para fazer o Zen Voting

Assim, sob esses 4 aspectos de UX, foram encontradas as seguintes características do STI:

ESTRATÉGIA


CULTURA


PROCESSOS


RESULTADOS

Nesse contexto, percebeu-se que a maturidade dos processos de UX no STI possuíam elementos do nível 1 (Ausente, em que a Experiência do Usuário é ignorada ou inexistente) e do nível 2 (Limitado, desigual e casual), o que fazia todo o sentido, pois só agora havia profissionais de UX e UI trabalhando nos times do STI do TCU.


2. pesquisa

Fluxo de tarefas

O objetivo desta etapa era entender o fluxo de tarefas inicial para adaptá-la em um novo fluxo com processos de Design (UX/UI) e outras melhorias.

Assim, para aperfeiçoar esse fluxo e definir o processo mais coerente com os novos formatos de time e necessidades, foi proposto o uso do diagrama de afinidades como ferramenta para que fosse decidido junto ao time e interessados, quais etapas e atividades fariam parte do novo fluxo de tarefas do STI.

Fluxo de tarefa padrão de um setor do STI sem UX e UI designers

Diagrama de Afinidades

Para essa atividade, reunimos todos os perfis, desenvolvedores, ux e ui designers, product owners e gerentes de diferentes setores para desenhar juntos um novo fluxo de tarefas mais otimizado e adaptado aos novos desafios e estrutura dos times.

Esse exercício permitiu que as pessoas envolvidas no desenvolvimento dos sistemas pudessem participar ativamente da definição do processo que iriam utilizar no seu dia a dia de trabalho. Desse modo, portanto, um novo fluxo de tarefas foi desenhado, melhorias e novas etapas foram sugeridas no processo atual, permitindo também a possibilidade de adaptar sem muito esforço os projetos que já estavam em andamento.

Criação do mapa de afinidades para a definição do novo processo de trabalho que contemplou as atividades de UX/UI no STI e outras melhorias e como elas seriam adicionadas no novo fluxo de tarefas.


3. Entregas

Novo fluxo da tarefa

Como resultado dos esforços do time de Design e colaboração com os outros profissionais, desenvolvemos um novo fluxos de tarefas compatível com a nova estrutura do STI trazendo melhorias significativas no processo e principalmente na qualidade das entregas.

Novo fluxo de tarefas padrão de uma equipe da STI

Guia de Interfaces para sistemas do TCU

Além do fluxo de tarefas para o desenvolvimento de sistemas, estruturamos e organizamos um Guia de Interface de Sistemas para o STI baseado no Material Design, sistema de design criado pelo Google. O Guia de Interface para Sistemas do TCU assim como o Material Design, é um conjunto de diretrizes ou guidelines utilizados para padronização de interfaces gráficas. Portanto, adaptando para nossa realidade, criamos nosso próprio guia de interface, que possuem recomendações para padronizar das interfaces do STI do TCU. Para mais detalhes, acesse o arquivo do Guia de Interfaces dos Sistemas do TCU no link abaixo.

Guia de Interfaces para Sistemas do TCU

Design System

Como complemento ao Guia de Interfaces para Sistemas do TCU, foi estabelecida a criação dos componentes de cada um dos novos sistemas do STI, isto é, cada sistema desenvolvido ou em desenvolvimento, teria seu próprio Design System, resultado de uma força tarefa entre designers e desenvolvedores. O Design System, portanto, vai permitir criar produtos digitais mais consistentes e escaláveis. Para ver os detalhes do Design System CONECTA-TCU, clique no link abaixo.

Design System CONECTA-TCU


4. Resultados

A inclusão da liderança de cada setor nesse processo foi determinante para a consolidação do time Design, seus processos, suas decisões e, principalmente, conseguindo sua confiança, mais apoio e suporte para trabalhos futuros. Junto a isso, o novo fluxo de tarefas permitiu uma gestão de processos mais eficiente, focando principalmente em melhorar a comunicação e o feedback entre o time.

Além disso, as documentações disponíveis, como as Wikis, o Guia de Interface e o Design System respectivo de cada sistema, deram celeridade às construções dos protótipos e desenvolvimento, uma vez que os protótipos já podiam ser feitos em alta fidelidade, aumentando a rapidez da sua aprovação, gerando poucas dúvidas e refazimento e os componentes do backend já estavam prontos.

o que aprendi


A criação de toda a documentação e do processo de design foi um esforço à parte de um trabalho que já envolvia processos de UX. Nesse projeto, foi crucial aprender a gerir o tempo para não impactar as entregas e aprimorar minhas habilidades de comunicação para ser mais clara e objetiva com a minha liderança imediata e poder ter suporte sobre qualquer problema ou dificuldade eventual.

Liderança e gestão

Outros aprendizados importantes foram: guiar o time de UX/UI e saber como e para quem delegar as tarefas para atingirmos nossos objetivos, visto que cada pessoa tem seu perfil. Foi importante ter a percepção e o conhecimento de cada pessoa para poder exigir o melhor dela. Considero uma das melhores experiências que tive, ainda que dividindo essa liderança com outro colega. Foram meses de colaboração e trocas de ideias que resultaram em um trabalho de excelência.

próximos passos


De modo geral, as entregas foram todas finalizadas. Porém, elas têm um caráter de manutenção e atualização e, por isso, as documentações devem ser revisitadas, revistas e atualizadas periodicamente.


CONECTA-TCU

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